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março 13, 2007"Bússola", de Renato RezendeDe vez em quando, é bom andar na corda bamba. Viver é passar por um intestino. As luzes douradas.
Tenho certeza que algo existe em mim. Só não sei se esse algo sou eu. Sou em essência alguém ou sou apenas um lugar, um ponto de confluência de palavras e corpos? Meu carro parado no acostamento da estrada movimentada me provoca uma angustiante sensação de movimento. Passo pelas coisas ou são as coisas que passam por mim, me atravessam? Atravesso? O que em mim é? Imagine a Mariana, por exemplo. Ela está lá, agora, sendo a Mariana. Para mim, ela só existe de vez em quando, quando por alguma razão me lembro dela. Para ela, ela existe o tempo todo. Para mim, eu existo o tempo todo. Mas e se eu conseguir existir para mim como a Mariana existe para mim, ou como eu existo para a Mariana: de vez em quando? Então, quando sair da sala, por exemplo, onde sou eu para os outros, e for ao banheiro, no banheiro serei apenas nada, um ser mijante. E se eu fizer desses intervalos minha vida? E se eu alternar sempre sendo e não-sendo? E se eu carregasse o rosto no bolso?
Lá onde menos temos controle O que em mim prefere
Sempre de olho no extraordinário, sempre caindo pelas brechas do calendário, sempre olhando para longe Eu pareço um balão que está sempre querendo se soltar do chão Pensei em ir à praia pensei seriamente em ir à praia capaz ainda de ir á praia no final da tarde (não por prazer, O mar eternamente batendo na praia isso sim é liberdade!:
uma carcaça O coração aberto como uma concha.
Posted by Leandro de Paula at 5:42 PM
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