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junho 28, 2004
Ernesto Neto comenta:
Emeio enviado por Ernesto Neto para Patricia Canetti sobre matéria de Bernardo Araujo publicada no Segundo Caderno, Das ruas do Rio para o mundo, no dia 16 de junho de 2004.
Prezada Patricia,
Gostei da sua pergunta hoje no jornal, acho que posso respondê-la: você se lembra do que eu, há mais de um ano, venho falando sobre a fraqueza institucional?
Acho bastante pertinente a pergunta que fica na matéria de capa do Segundo Caderno de O GLOBO de hoje.
O episódio das esculturas de Mazeredo espalhadas pela praia carioca vem a calhar. A Patricia Canetti pergunta, qual a importância destes trabalhos? Estas esculturas representam e podem ser vistas como símbolos da trágica crise institucional que vivemos hoje em nossa cidade e estado. No entanto, apesar dos policiais assassinos, da guerra de traficantes, das rebeliões, dos políticos omissos, da injustiça social, do lamentável tranporte público, do sistema educacional, da tristeza nos hospitais e das esculturas da Mazaredo jogadas pela cidade, o Rio de Janeiro continua lindo!
B
neto
é isso aí temos que abrir cada vez mais o debate. estive em um evento no SENAC Rio semana passada onde assisti a um debate com alguns representantes de instituições culturais do Rio (CCBB, MNBA, RioArte, Sesc) onde levantou-se a necessidade de se criar uma plataforma para discussão dos problemas que o nosso Rio querido e lindo tem enfrentado. acho que pelo fato dela ter todos estes predicados citados acima é que nos faz anestesiados e talvez nos distraiam do foco e nos impeçam de enxergar mais realisticamente.
fui uma das fundadoras do clube da cultura (por volta de 1995)onde mais de 90 instituições culturais debatiam a cultura como a principal forma de "ataque" e criação de uma percepção correta do Rio e acredito que nunca o momento foi mais própício para a recuparação disto. Minha proposta é junto ao Canal Conteporâneo tentarmos provocar encontros que possam objetivar nossas necessidades mais imediatas e traçar um plano de ação para o Rio, culmimando com a eleição de dirigentes políticos realmente comprometidos com a classe artística e suas necessidades
o debate está ABERTO!!
Postado originalmente no Blog do Canal.
Posted by: cristina becker at julho 22, 2004 6:07 PMFabuloso!
Postado originalmente no Blog do Canal.
Posted by: Carlos B. at julho 22, 2004 6:07 PMQuanto a Sra Mazeredo, relato que ela tem influência com o Prefeito e com o Secretário também (óbvio). Pelo que sei seu marido é funcionário da prefeitura.
Esta senhora que subcontrata escultores para realizar o que ela não sabe é antiética. Logo quando realizei as primeiras peças e as levei para as fundições recebi lá três ofertas deste tipo e as recusei, o que faço somente eu assino.
Já discuti com um escultor porque este defende esta oportunidade de negócio.
A minha colocação é simples, quem não faz o que vê, não saberá fazer o que não vê, aquilo que está nas "idéias que concebem".
Estava a procurar para saber quem é Ricardo Macieira, e pelo que vejo nas linhas escritas é de ser uma pessoa sob suspeita.
Receber dinheiro da Prefeitura do Rio por serviços prestados e fazer parte ao mesmo tempo do quadro de funcionários, como informado no site, não é lícito.
Hoje sei porque sou perseguido.
O Ricardo Macieira mentiu para o líder da Câmara dos Vereadores, este interessado em me informar datas, a fim de me provocar confusão e me impedir de participar da avaliação da tal comissão.
Com exceção da Sra.Maria Alice Saboya que me atendeu pelo telefone, pelo meu propósito de passar pelo crivo da tal comissão, todos os outros o fizeram com posturas que delineavam para o indeferimento do pleito.
Realizo esculturas há somente três anos e realizo qualquer rosto em qualquer tamanho, sendo que no tamanho de um limão em 12 horas.
Executei a escultura de João Cândido, personagem histórico do Brasil,com o rosto com dois centímetros de altura, a peça inteira com 30 cm de altura, sendo aprovada pela sua família e diversos Sindicatos e Associações do Rio de Janeiro.
Executei Tom Jobim e Vinícius de Moraes sentados a mesa de bar conversando, com 30 cm de altura, projeto para alocação no calçadão de Ipanema.
Mais de mil pessoas, moradores de Ipanema e transeuntes de lá assinaram a idéia, dentre eles Ziraldo, Lan, Aroeira, Paulo Caruso, Chico Caruso,Ziraldo, Lobão e Maurício Azedo e Paulo Cerri.
Executei a imagem de um turista extasiado com o Cristo Redentor. Devolveram-me quebrada.
Este menino secretário negou todas com argumentações pessoais e esdrúxulas, embora com a minha proposta para serem realizadas a CUSTO ZERO. Talvez pagando a inábil pseudo-artista Mazeredo seja melhor...
Assinou sozinho as três correspondências me informando da decisão como Presidente da Comissão sem nunca ter divulgado o regulamento adotado, data de reunião e nem os nomes dos seus integrantes, verdadeiro cheiro de covil de maracutaia.
A Comissão deveria ser composta pelos Vereadores da nossa Cidade, pelo Secretário de Educação, pelo Secretário de Urbanismo e pelo Secretário de Cultura.
O secretário de cultura não pode ser o definidor de cultura. Não tem mérito para isso.
Quem quiser ler tais correspondências e ver as peças, de corpo inteiro, me faça contato pelo e-mail valterbrito@uol.com.br